Título: Os Segredos de Colin Bridgerton
Autora: Julia Quinn
Tradução: Cláudia Guimarães
Páginas: 335 páginas
Editora: Arqueiro
Penelope Featherington frequenta a casa dos Bridgertons há muitos anos. E alimenta uma paixão secreta por Colin, irmão de sua melhor amiga e um dos solteiros mais encantadores e arredios de Londres. Quando ele retorna de uma de suas longas viagens ao exterior, Penelope descobre seu maior segredo por acaso e chega à conclusão de que tudo o que pensava sobre seu objeto de desejo talvez não seja verdade. Ele, por sua vez, também tem uma surpresa: Penelope se transformou, de uma jovem sem graça ignorada por toda a alta sociedade, numa mulher dona de um senso de humor afiado e de uma beleza incomum. Ao deparar com tamanha mudança, Colin, que sempre a enxergara apenas como uma divertida companhia ocasional, começa a querer passar cada vez mais tempo a seu lado. Quando os dois trocam o primeiro beijo, ele não entende como nunca pôde ver o que sempre esteve bem à sua frente. No entanto, quando fica sabendo que ela guarda um segredo ainda maior que o seu, precisa decidir se Penelope é sua maior ameaça ou a promessa de um final feliz.
Quando
descobrimos Colin Bridgerton, ainda nas primeiras páginas de O Duque e eu, já era de se esperar que o
anseio para conhecer a história do mais divertido dos homens Bridgertons seria
dos grandes. Assim, ao finalmente chegar em seu livro e me deparar com a ideia
de que o terceiro dos filhos de Violet guardava segredos, tal anseio só
cresceu.
Colin
Bridgerton, o solteiro mais cobiçado e dono do par de olhos verdes mais
apaixonantes de Londres guardava um segredo. E só essa ideia já era desejável o
suficiente para que as páginas do livro fossem praticamente devoradas em poucos
dias.
O
quarto livro da série é uma história que já estamos, de certa forma, acostumadas.
A típica garota mais nova apaixonada pelo irmão mais velho de sua melhor amiga.
É possível notar sinais desta paixão de Penelope já no livro anterior, em uma
desconcertante situação onde a moça aparece no lugar errado e na hora errada,
ouvindo a frase errada que nunca deveria ter adentrado seus ouvidos.
Como
se já não bastasse o platonismo que envolve a pobre Penelope e sua devoção por
Colin, a garota é sempre alvo de críticas da sociedade como um todo – e,
principalmente, de Lady Whistledown – diante da falta de bom-senso de sua mãe
ao fazê-la usar vestidos que não combinavam com seu tom de pele e que só realçavam
suas falhas. Além disso, a moça debutou cedo demais, quando ainda tinha
espinhas no rosto e sobrepeso. Logo, sua imagem perante a população londrina
não era uma das melhores.
Assim,
era de se esperar que seria uma solteirona. Agora, aos 28 anos, porém, a mulher
já não possuía marcas de puberdade no rosto, além de ter aderido um senso de
humor único e afiado. Conformada com sua condição de solteira, Penelope
Feartherington aceitava o fato de ser uma grande amiga de seu amado, já que
Colin tinha retornado de suas viagens pelo mundo e apreciava sua companhia. Parecia
o bastante, pois era óbvio que ele nunca se interessaria por ela a ponto de
pedi-la em casamento. Logo, uma amizade além da condescendência já estava de
bom tamanho.
Mas,
era realmente tão óbvio assim?
Talvez
não.
Os Segredos de Colin Bridgerton traz uma
reflexão sobre maturidade. Para a época, a melhor idade para uma mulher se casar
era entre os 16 e 21 anos, tempos conturbados para todos, mas, principalmente
para as moças, já que os homens eram cobrados para o matrimônio apenas depois
dos 30. Neste livro, não só é passada a clássica e clichê ideia de que o
patinho feio pode se tornar um belo cisne, como também a de que a maturidade é
um ponto importante para uma relação. Além de, claro, tratar a construção de uma amizade sólida e forte como ponto de
partida para um amor profundo e duradouro, algo ainda novo, em comparação com as histórias anteriores.
Ah,
o segredo, é claro! Bem, só lendo para descobri-lo. Mas, Colin Bridgerton não é
o único em Londres a manter certas coisas escondidas.
Afinal,
o que todos se perguntam a mais de onze anos:
Quem
está por trás das crônicas ácidas de Lady Whistledown?
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