Gente,
como eu adorei fazer isso! De verdade, mesmo que eu já tenha falado da sensação
no post anterior, queria aproveitar esse último para dizer que é indescritível você
poder analisar a si mesmo. Nesses quatro anos de escrita que eu puder analisar
nesses dezesseis textos, nossa, cresci bastante. É até engraçado você pensar
que a mesma pessoa que escreveu “O carinha do call center” escreveu “room13” ou
“The good soldier”. De fato, não pensei que essa ideia de comemoração do
aniversário do blog seria tão bom pra mim, também. Enfim, já falei demais! Com
vocês, os quatro últimos textos da análise:
Don’t leave Us — 2014
O
texto foi começado no ano anterior, mas só finalizei mesmo e postei em
Fevereiro do ano passado. A ideia me surgiu ainda no início do segundo período,
quando uma tragédia chocou grande parte da cidade. Um jovem de vinte e poucos
anos sofreu um acidente de carro e acabou falecendo. Eu lembro que eu mal o
conhecia, apenas de vista, como costumam dizer. Estávamos no ônibus rumo à
faculdade, quando a notícia chegou. Duas grandes amigas dele entraram em pânico
e eu me coloquei no lugar delas, o que eu faria se fosse algum dos meus amigos
mais próximos. E depois de muito tempo pensando nisso, pensei em escrever. O
texto conta a história de Rainy e seu desespero ao saber que seu irmão mais
velho Josh, sofrera um acidente e que estava em coma. É o tipo de drama que eu
sempre quis escrever, mas nunca consegui êxito. Texto autossuficiente;
Apresentação de personagens e fatos no decorrer da história; Narrativa leve em
contraste com o “peso” do tema apresentado; Não apresenta coloquiais, uso de
linguagem formal durante todo o decorrer;
Quem
leu disse...
Eloh 19 de janeiro de 2015 00:05
Os sentimentos e todo o contexto
envolvem a gente fácil, até porque lidam com aquela sensação aguda de
impotência diante de algo tão súbito e ainda assim, cada vez mais, tão comum.
Acompanhando a personagem quase dá pra sentir o coração dela acelerando aos
poucos cara, bem cool ^^ Sempre achei aquele "Imóvel" incial um toque
legal, pq qnd o enredo vai ganhando forma, me dá a impressão de que o quarto
todo tá imóvel e cinza, meio desbotado, destoando só as linhas verdes no
monitor, sem falar no elemento sonoro que tá ali sempre de fundo. Acho linda a
forma sutil que vc tem de desenvolver o gênero, no caso, conseguindo dar o
devido peso à história com uma narrativa tão leve, que resulta esse drama bem
equilibrado na situação... aaah sim, e pra completar ainda tem o final que nos
deixa meio cinzas também, pq né kkk x]
Three years — 2014
Fazia
muito tempo que eu tinha escrito pro Desafio das Imagens. Na verdade, eu vivia
fazendo propaganda do Desafio, mas só tinha um texto escrito pro mesmo. Abri a
pasta do tumblr, peguei a foto mais fluffy que eu consegui, coloquei no word e
resolvi ir na fé. Encarei a mesa toda bonitinha da imagem e pensei na coisa
mais dramática que poderia acontecer, imaginei então um término de casal... não. Pensei então se não seria melhor
algo entre irmãos, mas eu já tinha escrito uma recentemente... não. Então, tão aleatória quanto a
escolha da imagem, a ideia de escrever sobre amizade apareceu. Three Years conta
a história de duas amigas que tiveram sua amizade interrompida por um acidente.
Narrada pela melhor miga, conta como fora perder Louise e como ainda era o seu
sofrimento, três anos depois. Texto autossuficiente; Narrativa em primeira
pessoa; Apresentação de personagens e fatos no decorrer da história; Espaço e
elementos do mesmo bem feitos; Linguagem informal; Narrativa em evidência,
diálogos só quando estritamente necessários; Ligação entre texto e imagem feita
corretamente.
Quem
leu disse...
Helena 24 de fevereiro de 2014 13:11
Thi, mas que crônica mais linda! Sério,
fiquei encantada com essa história. Foi diferente do que você costuma escrever
e, como já era de se esperar, saiu lindo do mesmo jeito. Tá certo que é um
drama, mas é aquele tipo de drama que a gente se sente feliz ao terminar de
ler, sabe? E que te ensina alguma coisa. Eu gostei pra caramba, mesmo mesmo
mesmo. ♥
O tema da perda de um amigo eu nunca vejo por aí. Sempre fica fechado na mesma
coisa e eu achei legal você escolher esse tema "inusitado" pra
iniciar o desafio das imagens. E pode apostar que 'cê começou muito, muito bem!
Novamente, a gente vê que você tá escrevendo cada vez melhor e se abrindo pra
novas possibilidades, novas histórias e eu acho isso lindo. Tô no aguardo das
próximas 'imagens' e, novamente, parabéns pelo lindo texto yay ♥
The good soldier — 2014
Acho
que esse seria o momento perfeito para eu fugir. Bom, antes de tudo, a ideia me
surgiu por conta de um trabalho de – pasmem – mídia e modernidade. Eu deveria
falar sobre a influência dos EUA no mundo durante e pós Segunda Guerra Mundial
e, enquanto lia uma das minhas maravilhosas edições da Aventuras Na História,
descobri que o Brasil, mais precisamente, o Rio Grande do Norte sofreu bem mais
consequências da Guerra do que se era previsto. Estava justamente no ônibus,
indo para faculdade no dia do trabalho e comecei a pensar se não seria uma boa
tentar meu primeiro texto de época. Foi no bloco de notas do celular que eu
escrevi o primeiro conto quase todo e era pra ser só aquele. Mas começaram a
gostar e a me dar ideias (culpa sua, Eloanne) e acabou, né, precisei fazer.
Sobre a demora, só digo uma coisa: THE LETTERS IS COMING! Já podem parar de
querer me bater. ♥
Texto ótimo e autossuficiente; Fiel à realidade apresentada da época por meio
de datas e eventos que realmente existiram; Apresentação de personagens feita
no decorrer do enredo; Descrição de espaço, roupas e afins bem feita; Linguagem
total e obrigatoriamente formal; Possui diálogos em inglês, mas sem tradução
por serem coisas bobas que todo mundo sabe ou que o google resolve;
Quem
leu disse...
Thai 8 de junho de 2014 15:17
Finalmente, criei vergonha na cara e
comecei a ler... o/ (Vamos ao que interessa, antes que eu perca o "fio da
meada") A estória é bem diferente do que eu costumo ler... (ficção,
fantasia, suspense policial... Ok, isso não vem ao caso) Conheço/Li apenas dois
livros (escritos recentemente) em que os personagens se entrelaçam a fatos
históricos e suas épocas, mas aprecio muito esse tipo de estória. E nunca havia
encontrado nenhum texto do tipo em que os fatos envolvessem parte da história
do Brasil. O que tornou a estória duplamente mais atrativa para mim. Já na
metade da leitura eu comecei a torcer para que a história de Joana, a garota pé
no chão e que presa pela cultura de seu país, e Thomas, o rapaz que se alistou
por livre e espontânea pressão, possa ser um pouco longa, pelo simples fato de
seus pontos de vista em relação aos acontecimentos parecerem diferentes dos da
"maioria". Adorei o modo como você escreve, acho que nunca li nenhuma
das suas fics, o interesse nos personagens parece aumentar naturalmente (pelo
menos, esse foi o meu caso). Creio que você tenha feito alguma pesquisa sobre a
chegada dos americanos por estas bandas e a receptividade dos potiguares nesse
contexto de guerra. E fiquei um pouco envergonhada por perceber que não sei
nada sobre a cidade onde moro. Sei um pouco sobre Natal, por ter nascido lá e
por ter estudado algo no colégio, mas nada muito aprofundado, principalmente
quanto a este tópico. Já estou falando muito... Besteiras, é bem provável...
Despeço-me por aqui... E vou ler a próxima parte... xD
room13
— 2014
Essa
linda! ♥ Bom, eu
vivia meu momento de procrastinação e vocês deveriam agradecer a Daniel por me
mostrar, mesmo contra a minha vontade, outra música do 5sos, que novamente, não
tem nada a ver com o enredo da história, mas ainda assim me deu inspiração. A
música chamada “Amnesia” fala da clássica desilusão amorosa e eu só conseguia
imaginar uma discussão – e das grandes – quando a ouvia. Foi bem na época que o
meu amor por Liam Aiken reascendeu então eu estava louca pra escrever algo com
ele e por isso, vivia forçando e ouvindo a música TODA HORA pra tentar escrever
algo. E bem, saiu! Tentei colocar o foco em outro tipo de drama e o casal estar
apenas “lateralmente” no enredo. Conta a história de Liam, um rapaz que sofre
ao saber da doença de sua mãe e que o destino o presentou com medula incompatível
à dela. Em surto, o rapaz decide não procurar mais a sua mãe e é preciso a
intervenção de Hanna, sua namorada, para que ele finalmente acorde. Texto
autossuficiente; Apresentação de personagens e fatos feita no decorrer do
enredo; Narração em terceira pessoa; Diálogos aparecem com mais frequência,
porém ainda assim estão em equilíbrio com a narração; Formal, coloquiais apenas
nas falas, vez ou outra; Narrativa leve em contraste com o “peso” do tema
apresentado.
Quem
leu disse...
Pryh ( *~ Lírios Ao Mar ~* ) 19 de
novembro de 2014 15:50
Eu já disse que adorei esse texto, mas
vou tomar a liberdade de vir dizer novamente, porque eu posso. Ele é tão lindo,
e tão real, e com o final na medida, mantendo o companheirismo e focando da
relação filho/mãe que me deixa ♥ Adoro seus dramas que não focam em casais,
são únicos nessa blogosfera saturada.
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Eu
espero de coração que vocês tenham gostado tanto quanto eu. Quero aproveitar
para agradecer à você, querido leitor, que esteve comigo nesses cinco anos “oficiais”
de blog e até mesmo nos anteriores, nas postagens noobs, nas besteiras e em
tudo aquilo que já postei aqui. Agradeço de coração pela sua presença aqui,
seja nos comentários, na curtidas ou até mesmo só nas visualizações que têm
crescido bastante! O meu mais sincero obrigada à vocês, seus lindos!
1 Comentários
Pois sim, minha jovem, essa sua ideia de comemoração de niver do blog foi muito cool para nós todos, pq é lindo ver toda essa trajetória de escrita/vida/personagens/temas/afins. Para vc então, que vai lembrando dos detalhes por trás de cada linha, como foi que surgiram as ideias e onde ficaram os primeiros rascunhos.. sempre saem histórias engraçadas dessas coisas kkkk
ResponderExcluir--- É um drama bem delicado de se escrever mesmo, tem que dosar direito, e a senhorita teve seu êxito ainda com certo "requinte de crueldade" kkk digo isso porque a morte é sim absurda, mas o coma é de uma angústia estúpida, saber que a pessoa tá ali, mas não está, e ~talvez~ nunca volte. Lindo esse Don't Leave Us, né? Eu também acho.
--- Cara, cê sabe que eu tenho todo um amor por Three Years <3
Adoro histórias de amizade, e like a boss vc tirou um drama bem condensado assim de uma imagem fluflyíssima. Muito bom mesmo, e sem mais, senão a fã aqui se perde e não termina de comentar.
--- Oxente, pois chegue que essa culpa eu abraço com maior orgulho! kkkk Pq concorde comigo, um conto daora daqueles, com um tema tão legal e diferente, claro que tem que dar ideias ué! :D
Sentar na porta do blog com uma dessas plaquinhas "The End is near.."
--- Para mim, room13 sempre foi uma daquelas leituras bem sensoriais, com diferenças de temperatura, de luz/sombra, etc.. e de novo, dá maior gosto ler um tema pesado assim numa narrativa tão leve, com tudo tão bem equilibrado. Giirrrll, just beatiful o/